Entrevista à associada Carla Costa, voluntária a seguir para Moçambique

 

Carla Maria Costa, 53 anos, nasceu em Vila Pery, Moçambique e reside desde 1976 em Aveiro.

Estudou no Colégio de Nossa Senhora da Conceição em Vila Pery até ao 5º ano do liceu (atual 9º ano), tendo vindo para Portugal em 1974.

Concluiu em Tondela o 7º ano do liceu, licenciou-se em Inglês/Português na Universidade de Aveiro e é professora do 2º ciclo na Escola Aires Barbosa em Esgueira.

Em Abril de 2011, resolveu pedir uma licença sem vencimento e realizar um sonho.

 

Como diz Mia Couto, “o sonho faz andar a estrada e ela permanecerá viva”, viver e sonhar, sonhar e viver. Qual é o teu sonho?

Desde que me formei, esteve sempre nos meus horizontes dar, de alguma forma, o meu contributo ao país onde nasci. Penso que chegou a hora de poder apoiar a Irmã Julieta e as restantes religiosas na obra que estão a desenvolver em Macia e, se possível, na área do ensino.

 

Como surgiu a hipótese da concretização deste sonho?

Comemora-se este ano o Ano Europeu do Voluntariado e é engraçado que foi através do trabalho da minha direção de turma com a professora de Educação Moral Religiosa Católica que tomei conhecimento das ações que foram sendo desenvolvidas. Refleti e algo me disse que poderia ser esta a oportunidade de poder fazer uma atividade diferente por uns tempos. Assim, fiz alguma formação sobre voluntariado missionário através dos Leigos da Boa Nova, que foi muito importante para o meu crescimento pessoal, e aqui estou pronta para partir.

 

Esta é a tua primeira experiência como voluntária?

Sim, e espero continuar, sempre que houver possibilidade.

 

Voluntariado é uma oportunidade de ajudar pessoas, fazer amigos e entrar em contato com culturas diferentes. O que esperas encontrar e o que mais te fascina em Moçambique?

Será a maneira simples e feliz de viver da comunidade em que me vou inserir por uns meses. É a possibilidade de rever aquele sorriso!…

Tu sabes. É a forma descontraída e descomplicada de viver o dia a dia!…

 

Quais as tuas sugestões para outros voluntários?

Ainda não passei pela experiência, mas penso que será, sobretudo, colocar de lado os próprios problemas e investir no outro, dando-lhe atenção. O voluntariado começa na família, no trabalho, na comunidade.

 

Queres deixar algumas palavras de agradecimento?

Claro, que quero. À nossa Associação e, principalmente, às Irmãs Franciscanas, pois contribuíram muito para a pessoa que eu hoje sou. O meu BEM-HAJA por me ter sido dada esta oportunidade!

 

Entrevista realizada pela associada Ana Fraga

2 Comentários

  1. Anabela Leal diz:

    Excelente entrevista Ana. Uma oportunidade única para a Catita de voltar ao nosso País de Origem e, através da sua ajuda incondicional, da sua generosidade e espírito voluntarioso, poder ajudar as nossas Irmãs Missionárias que, a cada momento se disponibilizam para dar parte das suas vidas, salvando, alimentando e instruindo outras… tão carenciadas. Um Bem-Haja para ti, Catita.

  2. ana maria parreira diz:

    Nicas parabéns pela tua entrevista.
    À Catita só posso desejar uma boa viagem e que tudo de bom lhe aconteça. É uma corajosa, devia de haver muita gente como ela. Realmente, como ela diz, os bons ensinamentos dão sempre bons frutos.Votos que ela esteja a abrir o caminho para a nossa Associação levar gente boa para junto das Irmãs.

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